FLORESTA SE TORNA FONTE DE RENDA

Floresta se torna fonte de renda A Floresta Estadual de Maués, começa a ser transformada em fonte de renda para as 17 comunidades rurais que habitam seus 4 milhões de hectares. Produção de biodiesel para a geração de energia elétrica; de mel, a partir de abelhas sem ferrão; e de madeira manejada, são alguns dos projetos que estão sendo implantados na área. As atividades estão incluídas em um plano maior, traçado pela Prefeitura Municipal de Maués, que visa o desenvolvimento sustentável, ou seja, o aproveitamento dos recursos naturais pelas populações tradicionais, sem o comprometimento ambiental. Em parceria com a Fundação Paulo Feitoza, a Prefeitura de Maués está desenvolvendo um projeto para a produção de biodiesel, usando como matéria-prima o óleo de babaçu, extraído através de manejo florestal, o que não compromete o meio ambiente. O convênio, de R$ 710 mil, foi assinado pelo prefeito de Maués, Sidney Leite, presidente da AAM (Associação Amazonense de Municípios), e a fundação no final de 2005. Criado por decreto, em julho de 2003, o Projeto Floresta Estadual de Maués, que também conta com a parceria da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), entidade pertencente ao MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia), e do IDS (Instituto de Desenvolvimento Sustentável) do município, vai beneficiar, inicialmente, 55 famílias de três comunidades situadas dentro da Floresta Estadual. A previsão é de que até a primeira quinzena de fevereiro seja instalado o galpão onde os equipamentos para o beneficiamento da matéria-prima serão colocados. De acordo com o prefeito Sidney Leite, o início da obra do galpão depende apenas da escolha do local. “O que deve ser definido até o final dessa semana”, disse. A produção estará voltada para o auto-abastecimento das comunidades envolvidas no projeto e visa a geração de energia elétrica. “O produtor rural entrega a matéria-prima e recebe o combustível para utilizar nos geradores de energia”, explicou Sidney Leite. Estudo de potencialidade realizado na área comprovou que a quantidade de babaçu que pode ser explorada por manejo florestal garante a produção inicial de 150 quilos de biodiesel por carga. Criação de abelhas Outro projeto no qual a Prefeitura de Maués vem apostando nas comunidades da Floresta Estadual de Maués é a produção de mel, a partir da criação de abelhas sem ferrão - a meliponicultura. A Sedema (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) e a Sepror (Secretaria de Produção Rural) iniciaram a distribuição das colméias para as famílias que moram dentro e também para as que moram fora da Floresta Estadual. A meta do prefeito é distribuir 3.000 colméias artificiais para 250 famílias. O projeto deve durar dois anos, com a expectativa de produção de quatro toneladas de mel nesse período. Manejo florestal Ainda neste ano, a Sedema pretende colocar em prática 50 planos de manejo florestal simplificado, para a exploração de 45 milhões de metros cúbicos de madeira, em 17 comunidades da Floresta Estadual. Nesta semana foram concluídos os primeiros 25 inventários que já estão sendo encaminhados ao Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) para o devido licenciamento. A secretária de Meio Ambiente do município, Jane Crespo, informou que o processo de exploração das áreas aprovadas deve iniciar, no máximo, dentro de três meses. A Prefeitura de Maués prevê que cerca de 150 famílias serão envolvidas nas atividades de manejo para a exploração madeireira e de outros produtos não-madeireiros, como os óleos essenciais e sementes na Floresta Estadual. Fonte: Jornal do Comércio – AM http://www.portaldoagronegocio.com.br/ |
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