"Senado aprova Projeto de Lei de Gestão de Florestas Públicas"

"Senado aprova Projeto de Lei de Gestão de Florestas Públicas"
"O Senado aprovou na noite desta quarta-feira (02), por 39 votos a 14, o Projeto de Lei 62/05, que prevê a concessão de 13 milhões de hectares de matas amazônicas para manejo florestal. Também cria o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal, voltado à qualificação do setor madeireiro nacional. O mecanismo de concessão florestal autoriza particulares a utilizarem os recursos florestais em áreas públicas por até 40 anos. Por ter recebido emendas, o Projeto de Lei terá que retornar à Câmara dos Deputados.
De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a medida promoverá o uso sustentável da floresta, auxiliará no combate ao desmatamento ilegal e também à grilagem de terras na Amazônia. "O PL permitirá transformar a biodiversidade em ativo real e será a chave de um planejamento a longo prazo para a Amazônia", afirma.
A ministra acrescenta que, com o PL, "não haverá mais espaço para grilagem de terras". Marina Silva destaca que o Brasil tem a segunda maior área florestal do mundo, com 470 milhões de hectares, mas que os desafios de gestão são da mesma proporção, principalmente para promover o uso sustentável das florestas. Isto porque mais da metade dessas florestas está em terras públicas, pertencentes à União, Estados e Municípios (na Amazônia, chegam a 75%), em unidades de conservação e terras indígenas. A maioria das florestas, entretanto, se constitui de "terras devolutas", sem regulamentação, tornando-se alvo de grilagem, ocupação ilegal, desmatamento e queimadas, trazendo sérios problemas ambientais, sociais e econômicos.
O Ministério do Meio Ambiente estima que, em dez anos, a área máxima total sob concessão chegue a 13 milhões de hectares (3% da área da Amazônia), com uma receita anual direta (taxas pagas pelo uso do recurso florestal) de R$ 187 milhões e uma arrecadação de impostos em torno de R$ 1,9 bilhões anuais.
Com isso, 140 mil empregos diretos poderão ser criados. O PL define três formas "produção sustentável": a criação de unidades de conservação que permitem a produção florestal sustentável, como as florestas nacionais; a destinação para uso comunitário como assentamentos florestais, reservas extrativistas e áreas quilombolas e ainda concessões florestais pagas, baseadas em processo de licitação pública.
A aprovação do PL de Florestas possibilitará, ainda, o estabelecimento do primeiro Distrito Florestal Sustentável, na região da BR 163, em uma área de 16 milhões de hectares, sendo cinco milhões de hectares de manejo. O distrito prevê a criação de 205 empresas florestais, com geração de 18 mil empregos diretos, produção de 1,5 milhão de metros cúbicos de madeira e renda bruta de US$ 185 milhões.
Toda área florestal licitada terá unidades de manejo pequenas, médias e grandes, que visam garantir o acesso dos pequenos, médios e grandes produtores. Antes da licitação, as unidades de manejo deverão ter autorização prévia do Ibama.
As concessões, segundo os critérios do PL, apenas autorizam o manejo para exploração de produtos e serviços da floresta.
Os contratos de concessão serão estabelecidos por prazos de até 40 anos, dependendo do plano de manejo. O prazo estará definido no edital de licitação. Após a assinatura do contrato, os vencedores da licitação deverão preparar um plano de manejo florestal sustentável, que deverá ser apresentado ao Ibama para aprovação antes do início das operações. Ao final de cinco anos da aplicação da lei, será realizada uma avaliação geral do sistema de concessões.
O monitoramento e a fiscalização das concessões contarão com três frentes. O Ibama fará a fiscalização ambiental dos planos de manejo florestal. O Serviço Florestal Brasileiro fará a fiscalização do cumprimento dos contratos de concessão e, por fim, será obrigatória uma auditoria independente das práticas florestais, no mínimo, a cada três anos.
Além de ser o órgão gestor do sistema de gestão de florestas públicas, o Serviço Florestal Brasileiro acumulará a função de fomentar o desenvolvimento florestal sustentável no Brasil e de gerir o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal. Ele será um órgão autônomo da administração direta, dentro estrutura do Ministério do Meio Ambiente.
Com a criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), há a previsão de que até 20%da receita da concessão de florestas seja para os custos do sistema de concessão, incluindo recursos para o Serviço Florestal Brasileiro e para o Ibama. A outra parte da arrecadação, 80%, poderá ser dividida em 30% para os estados onde se localiza a floresta pública, 30% para municípios e 40% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal.
No caso das Florestas Nacionais (unidades de conservação), 40% dos recursos são destinados ao Ibama, como gestor da unidade de conservação. O restante será dividido igualmente entre estados, municípios e Fundo, que poderá ser usado para promover o fomento e o desenvolvimento tecnológico das atividades florestais sustentáveis."
Original: Ministério do Meio Ambiente
Excelente!!! Vamos vender a Amazônia!!! Quem dá mais, quem dá mais?! A ministra Marina Silva está fazendo a gente de palhaços! A Floresta Amazônica é um tesouro de todos nós brasileiros! Faz parte do orgulho que cada um de nós temos, nós somos donos da maior floresta tropical do mundo! Loteá-la para depois vendê-la não me parece o desejo do povo brasileiro, que, ao que eu saiba, não foi consultado sobre essa atitude tão importante. A grilagem e a exploração ilegal e devastadora de terras deve, de fato, ser combatida, mas com fiscalização intensa e forte cobrança do Estado sobre os produtores e os consumidores. O que não pode acontecer é entregarmos de mão beijada 13 milhões de hectares de floresta verde para que sejam devastados. Parece-me que o objetivo principal do governo é garantir a arrecadação dos impostos gerados pela destruição da mata equatorial.
Enquanto isso, este projeto é comemorado pelos madeireiros. Lógico. Agora eles poderão cortar milhões de km² de florestas de modo legal e, ainda por cima, com o apoio do governo. Eles não precisarão mais burlar a lei porque o governo já deu um "jeitinho" pra eles. O Brasil não pode deixar isso acontecer! Vamos nos levantar contra tudo isso! Não à destruição de NOSSAS florestas! Não à destruição do NOSSO patrimônio! Se as madeireiras desejam cortar as àrvores, elas que plantem-nas em suas próprias reservas, de preferência em locais bem distantes das florestas tropicais! Vamos agir pra garantir nossa Amazônia! Ela pertence a nós BRASILEIROS! Temos que exigir explicações dos nossos governantes, que deveriam defender os nossos interesses! Basta! Chega de depredação do nosso País! Chega de destruição do nosso Meio Ambiente! Chega! A população brasileira tem de se levantar contra os invasores que desejam sugar nossa polpa e deixar-nos o bagaço. Somente quando mostrarmos nossa verdadeira força é que iremos conseguir RESPEITO de nossos políticos!
Fonte e opinião de Ramon D de Melo
Comunidade Ecologia: Idéias e Ações
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